– E aí, beleza?
– Beleza. E com você tudo bem?
– Tudo bem.
– Então tá, deixa eu ir. A gente se fala.
– Falou.
Por que deixa eu ir? Quem tá te segurando?! E porque a pressa se daqui a pouco você vai estar escorado em uma parede fazendo absolutamente nada?
São apenas algumas das perguntas que faço em protesto a uma situação corriqueira na vida de praticamente todo mundo. E, por ter se tornado tão normal, não incomoda mais ninguém.
Não sei se o motivo é carência de assunto, falta de empatia ou de repente a preguiça de desenvolver uma conversa, mas o fato é que você acaba conhecendo uma pessoa há cinco anos e não sabe nhecas a respeito dela. No máximo, onde ela trabalha ou estuda.
Agora, começa a contabilizar quantas pessoas você conhece desta forma. Não quero dizer que você precisa saber de tudo na vida de todo mundo, se não acabaria virando um tremendo de um fofoqueiro, mas pelo menos um pouco mais além do “E aí, fez o que ontem?”.
Pessoas são tudo. A gente pode estar fazendo o pior trabalho do mundo, mas se tiver trabalhando em um ambiente com pessoas bem humoradas e simpáticas, a musiquinha do Fantástico não provoca terror e sim alegria pela proximidade da segunda-feira.
O fato é que pessoas, independentemente de quem sejam, são especiais. E sempre podemos aprender e enriquecer a nossa vivência com elas. Só que ninguém está disposto a sair contando experiências de vida e compartilhar conhecimentos que vão mudar a sua trajetória, a torto e a direito. É preciso buscar isso nelas. Mas só se elas tiverem dispostas também e de uma forma descontraída; não é chegar na pessoa que está a sua frente na fila do self-service e perguntar a opinião dela sobre os alimentos transgênicos. É só aprofundar as suas conversas. Lembra quando você era criança e se desafiava a tocar o fundo da piscina? É por aí.
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